quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O que dizer da vaca? Todo mundo tem uma.


   Conheci uma moça extraordinária no cabeleireiro que frequento em São Paulo, no Fortline, Katia Oliveira Fernandes. uma mulher muito bonita, animadíssima e inteligente que me contou uma história supimpa e por ser muito inteligente, será de extrema valia para quem lê-la. Na verdade, é uma parábola que de forma figurada traduz uma grande verdade!
     Era uma vez um mestre que querendo transmitir valores para seu discípulo, resolveu levá-lo à uma vila muito humilde, com pessoas de nenhum poder aquisitivo. A fim de que o aluno aprendesse algumas lições, como sobreviver com pouco recursos.
      Quando chegaram ao local, Salvador, o discípulo percebeu que esta família possuía só uma vaca. E que tudo que ganhavam para sobreviver, era através do animal: leite que ordenhavam dela, queijo que faziam com o leite e doce de leite.
         Salvador ficou muito impressionado e até tomou um copo de leite e comeu um pedaço de queijo, dos quais adorou!
            Na hora que foram embora, passando pela curva que circundava a vila, encontraram a vaca e o mestre empurrou a vaca no precipício.
            Salvador ficou estarrecido e sem ar. E perguntou para o mestre como que ele fazia uma coisa dessas, o que iria ser desta família que dependia da vaca para tudo? Pergunta que o mestre respondeu, o futuro dirá!
           O tempo passou, Salvador nunca conseguiu esquecer este acontecimento, o mestre morreu e portanto não poderia esclarecer o que teria acontecido, qual teria sido o fim desta família, e Salvador preocupado com eles resolveu ir até a vila para se informar.
           Quando chegou no local, viu uma mansão imponente com um grande pomar, laranjeiras, jabuticabeiras, amoreiras e várias árvores frutíferas. Ficou muito triste, porque na sua cabeça, eles teriam morrido ou vendido o pedaço de chão, que apesar de ser um terreno enorme, com a choupana que moravam , de nada servia sem a vaca.
           Apesar destes sentimentos estarem rondando sua mente, resolveu perguntar para um senhor que estava na porta, se ele sabia do paradeiro de Josué e sua família. O senhor respondeu prontamente, estão todos aí e vou chamar a esposa dele para vir atender o senhor!
               Salvador, mais atônito do que nunca, pensou: bom, Josué e sua família devem estar trabalhando de empregados para um grande senhor.
                Entretido em seus pensamentos, não percebeu que Maria, a esposa, estava do seu lado. Linda, muito bem trajada e pegando na sua mão para cumprimentá-lo. Salvador, abismado, a reverenciou e com grande esforço, pois sua língua havia petrificado, indagou o que havia acontecido. E o que haviam feito para ter toda esta opulência e grandiosidade. 
                  Maria, com toda a humildade que sempre lhe foi peculiar, respondeu: depois que a Mimi, minha vaca querida caiu no precipício ou fazíamos algo radical ou iríamos cair também. Então, resolvemos fazer uma horta com alface, brócolis , tomate, salsa e cebolinha. E depois trocamos as verduras por carneiros, que nos deram as lãs.E com este dinheiro compramos pés de cana açúcar e finalmente plantamos seringueiras. Que demorou mais, mas já começou a produzir a borracha que estamos vendendo.
                Para melhor exemplificar, quando tudo está péssimo, pior não fica. Para sair da estagnação, é preciso atitude! E foi esta a parábola que minha amiga Katia me contou.
                        Katia também jogou a sua vaca no precipício, seu casamento. Depois resolveu contemporizar e tentar de novo. Mas continua insatisfeita, porque Deus nos pôs no mundo para sermos felizes e o tempo não espera ninguém!
                       Apesar de achar que a vaca era seu casamento, pensou melhor e mesmo trabalhando há onze anos no Dersa, jogou no precipício.Como ela mesmo disse, é muito importante trabalhar. Mas precisamos ser considerados, apreciados. E me olhando no espelho, não estava mais reconhecendo a pessoa alegre e feliz que sempre fui!
                          E você, tem também uma vaca para jogar no precipício?








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