segunda-feira, 20 de agosto de 2018

  Carta à mamãe de primeira viagem

   Bem-vinda mamãe! Esta será, com certeza,a mais rica e maravilhosa experiência de sua vida, possibilitará um amadurecimento enorme e a tornará uma pessoa melhor, mas, evidentemente, como tudo o que é bom, é exigente, árduo e oferece muitas alegrias e alguns sofrimentos
    Você terá oportunidade de conhecer sentimentos que nem imaginava existirem, um amor sem medidas, daqueles que não cabem no peito, - ás vezes chega a sufocar , um medo de perder inimaginável, o que faríamos sem este pequeno que até há pouco nunca tínhamos visto? Uma culpa que não tem justificativa: tudo o que fizemos parece insuficiente ou imperfeito... Enfim, esta experiência é intensa e desperta em cada uma, de acordo com seu temperamento, os mais diferentes sentimentos.
     Mas prepare-se existe um sentimento que aparece e toma conta das mamães, especialmente as de primeira viagem: a insegurança. Esta tal de insegurança chega junto com o bebê, talvez um pouco antes e toma conta do pedaço. hoje em dia com tantas e tão diferentes informações, o sentimento de insegurança aumentou. Além disso, as mamães estão movidas por uma ânsia de perfeição incrível. Tudo precisa ser perfeito: a criança precisa ser compreendida em suas manifestações,atendidas em todas as suas necessidades, da melhor maneira e estimulada com excelência. tendo em mente esta perspectiva, lançam-se em busca de informações que vão desde como alimentar, como dar banho, como fazer dormir, como ( quando e quanto ) oferecer colo, que tipo de quarto montar, que tipo de música oferecer para o bebê ouvir. Passados os meses iniciais, as informações multiplicam-se ainda mais: dizer "não" é proibido mas só "sim"é nocivo, a disciplina positiva, a cama compartilhada, o desmame gentil, desfraldar somente quando a criança pede, as vantagens do quarto montessoriano, instruções para a escolha da creche ou escola "perfeita", nunca oferecer açúcar antes de dois anos, como introduzir alimentos saudáveis, como lidar com crianças agressivas, como aumentar a autoestima de seu filho, como não " traumatizar " os pequenos, como lidar com os inúmeros quadros alérgicos atuais... Meu Deus, que desespero!!! Como é difícil criar um filho com tantas informações, por vezes antagônicas! Só pode crescer a insegurança e o sentimento de incapacidade diante de tudo isso.
     Mamãe, preste atenção e reflita com carinho sobre o que vou lhe dizer: este bebê que está sob sua responsabilidade é uma pessoa que precisa de poucas coisas para crescer saudável: amor ( carinho, sorriso, aleitamento materno, se for possível, senão uma boa mamadeira oferecida com aconchego, com afeto), cuidados básicos ( rotina, sono, alimentação, higiene) e limites ( mostrar com clareza e firmeza o que querem ou não que ele faça e, assim, ensinar valores). Os erros farão parte do caminho e, pasmem,podem ser bons, pois, com humildade, aprenderemos com eles. Outra coisa de suma importância: esse bebê pequeno e indefeso é resistente e forte, suporta pequenos desconfortos e incompreensões. Aliás, isso os preparará para a vida adulta, afinal,os percalços são cotidianos nela. Suportar pequenas frustrações e desconfortos quando pequenos é ótimo, porque se tornaram pessoas mais fortes, resilientes, capazes de enfrentar a aventura de viver. E, em último lugar: perfeição é impossível. Os conhecimentos mudam, a ciência é dinâmica, o que hoje é visto como bom para a criança, amanhã é revisto e criticado. Somente o fundamental permanece. Portanto, confie em seus valores, estabeleça com seu marido o que consideram importante ensinar a esse pequeno e não fiquem tão vulneráveis a todas as "modas" educativas, Verão que educar os filhos, apesar de ser missão exigente, pode ser mais simples do que parece.
     Este artigo foi escrito por Simone Cabr
Fuzaro, Fonoaudióloga e Educadora, também possui um blog educandonacao,com.br
   Postei, pois acho que as mamães de primeira viagem merecem uma boa orientação, pois este momento é único em suas vidas!






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